Alho Negro: a iguaria fermentada chega à gastronomia brasileira

Os fermentados naturais retornaram aos cardápios dos restaurantes. Em um movimento que combina a militância contra a ultra-pasteurização do sabor, o retorno à técnicas tradicionais de cozinha, do sem aditivos e a exploração de novos sabores, quem agradece é nosso paladar e nossa saúde. E quem apareceu na mesa de brasileiros na última década é o alho negro.

O aspecto que assusta quem não o provou revela um sabor complexo doce, frutado e macio. A iguaria é o alho in natura sem nenhum aditivo ou outro ingrediente, mas que passa por um processo de fermentação natural e lenta. Para produzí-lo são selecionados as melhores cabeças do alho comum, em seguida elas são mantidas numa estufa com temperatura contínua aproximada de 65°C e umidade controlada. Lá ele vai fermentar por entre três semanas e um mês.

A fermentação é um processo muito antigo e comum em todas as culturas. Ela veio de uma necessidade — preservar comida —, mas que, usando apenas microorganismos presentes no ambiente e no alimento, dá novas e surpreendentes texturas e sabores.

A receita do alho negro, porém, não é tão antiga. Ele foi originado no Oriente no início deste século, mas o título da invenção é disputada por coreanos e japoneses. Ele ganhou popularidade mundial, no entanto, quando o ilustre chef espanhol Ferran Adrià o provou pela primeira vez em sua visita ao Japão em 2007.

O Brasil ainda tem poucos produtores da iguaria, mas você pode encontrá-lo aqui. O alho negro além de delicioso é um ingrediente versátil, podendo ser usado em saladas, carnes, massas, molhos e até sobremesa. Um dos produtos mais procurados no mercado é a manteiga com alho negro.

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